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O Sonho da Maternidade

Benvindo(a)s ao meu cantinho!!!

A maternidade é o sonho de muitas mulheres,inclusive meu também, portanto resolvi juntar aqui algumas informações úteis sobre esta temática, com a finalidade de auxiliar todas as mulheres que queiram engravidar, ou apenas, saber mais sobre o assunto.


sábado, 27 de fevereiro de 2010

Masturbação masculina e feminina

O que é masturbação

A masturbação é normal e sadia? Atrapalha o desempenho sexual? Masturbação faz crescer espinhas e pêlos nas mãos? A masturbação refere-se à estimulação sexual, especialmente aos próprios genitais (auto-masturbação), geralmente até o ponto do orgasmo.

A masturbação pode ser feita manualmente, por outros tipos de contato corporal (exceto intercurso sexual), pelo uso de objetos, ou pela combinação desses métodos. A masturbação é um ato normal e saudável que não atrapalha o desempenho sexual.

Masturbação masculina

A masturbação masculina é uma resposta sexual normal, que é descoberta naturalmente pois gera prazer. A masturbação masculina pode continuar pela vida toda do homem e isso não é motivo para se fazer julgamentos. Masturbação masculina pode contribuir para a saúde sexual do casal como variações sexuais.

A masturbação também não trás malefícios físicos. É importante não levar a sério os mitos da adolescência, como os de que ela faria crescer espinhas, aparecer pêlos nas mãos ou diminuir o vigor sexual da pessoa.

Masturbação feminina

A masturbação feminina é um assunto considerado delicado por muitas pessoas. A mulher pode se masturbar, e isso é saudável. Os bloqueios impostos às meninas na infância e adolescência podem fazer com que elas se reprimam, e isso poderia dificultar sua resposta sexual e orgasmo. Masturbação feminina ajuda a mulher a se conhecer melhor sexualmente, o que a ajuda nas relações sexuais.

Para algumas mulheres a sua masturbação, feita por ela mesma ou pelo parceiro, é necessária durante a relação sexual para atingir o orgasmo. Isso é normal e deve ser encarada naturalmente.

Dor na Relação Sexual e Saúde Sexual Feminina

Este artigo aborda dois temas muito importantes e relacionados: dor na relação sexual e saúde sexual feminina. Ele explica os fatores que podem ocasionar dor na relação sexual em homens e mulheres. Também são explicados como os fatores físicos e emocionais influenciam na saúde sexual da mulher.

A dor nas relações sexuais é um assunto importante e comum, podendo afligir tanto homens como mulheres. Nos homens as causas são predominante físicas, como uma inflamação, e eles devem procurar um urologista.

No caso das mulheres as causas são muito mais emocionais, principalmente se a dor for no momento da penetração. Já quando a mulher sente dor durante o ato ou depois da relação sexual, pode haver uma causa física e ela deve procurar um ginecologista. A mulher não deve postergar a procura de ajuda médica, pois a dor pode prejudicar as relações posteriores psicologicamente com a sua lembrança.

Saúde sexual feminina

A saúde sexual feminina depende de fatores físicos e emocionais. Se a mulher tiver problemas físicos na genitália, ocorrerão alterações na resposta sexual e ela também não vai se soltar tanto. A dor decorrente de qualquer problema físico afeta o prazer sexual. Outros aspectos físicos -- como o coração, obesidade e respiração -- também influenciam a saúde sexual.

A mulher para ter uma boa saúde sexual depende não só do físico, como também do mental. Desta forma, caso não esteja com cabeça boa para ter relações sexual, a mulher não deve se sentir obrigada a realizá-la.

Os perigos do beijo na boca

Atualmente nossa sociedade incorporou o hábito de "ficar", no qual pode-se beijar várias pessoas, geralmente desconhecidas, em uma mesma balada.

Porém, o hábito do beijo na boca, visto por muitos como algo inofensivo, trás o perigo da transmissão de várias doenças, inclusive as sexualmente transmissíveis.

A gengivite, por exemplo, é uma infecção bacteriana que teve sua incidência aumentada nos últimos anos, provavelmente em decorrência do hábito de “ficar”. De acordo com um estudo publicado em fevereiro de 2006 no British Medical Journal, beijar na boca várias pessoas aumenta em quatro vezes o risco de adolescentes contraírem meningite, uma infecção cerebral potencialmente fatal. Já a bactéria causadora da temida cárie dental, streptococcus mutans, também pode ser transmitida pelo beijo na boca.

Além das bactérias, o beijo também pode transmitir vírus causadores de doenças. Uma dessas doenças, a mononucleose, recebeu como nome popular "doença do beijo". Mononucleose é causada pelo vírus Epstein-Barr (VEB) e, depois de um período de incubação de 30 a 45 dias, a pessoa pode permanecer com vírus para sempre no organismo.

Mononocleose pode ser uma doença assintomática, ou apresentar sintomas que incluem: fadiga, dor de garganta, tosse, inchaço dos gânglios, perda de apetite, inflamação do fígado e hipertrofia do baço. Outra doença por vírus mais conhecida, e também transmitida pelo beijo, é o herpes labial. Essa doença é provocada pelo vírus herpes simplex e pode causar bolhas e feridas nos lábios e pele ao redor da boca.

As temidas doenças sexualmente transmissíveis (DST) também podem ser contraídas pelo beijo. O Departamento de Saúde dos EUA considera que pode haver risco, apesar de muito pequeno, de transmissão do vírus HIV, causador da doenças da AIDS, através do beijo da boca ( http://www.cdc.gov/hiv/resources/qa/qa17.htm ) caso existam feridas ou sangramento na boca. O risco de transmissão do HIV através do beijo na boca teoricamente é maior em pessoas com body-piercing na língua ou lábios. Um beijo mais ardente poderia provocar sangramento na região do body-piercing, havendo o risco de infecção do vírus HIV se o sangue entrar em contato com uma lesão bucal ou corte. Outras DST também transmissíveis pelo beijo incluem sífilis e gonorréia.


fonte: http://www.copacabanarunners.net/beijo-na-boca.html

Evitar o aborto

“A sexualidade é uma energia que nos motiva para encontrar amor, contacto, ternura e intimidade; integra-se no modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados; é ser-se sensual e ao mesmo tempo ser-se sexual. A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, acções e interacções e, por isso, influencia também a nossa saúde física e mental”.
Organização Mundial de Saúde

A CONTRACEPÇÃO:
Os contraceptivos são métodos existentes, que ao serem utilizados evitam uma gravidez. Existem vários métodos contraceptivos, mas não há nenhum que seja bom para todas as mulheres ou homens, de todas as idades e em todas as situações. Cada mulher e cada homem deve decidir, juntamente com o seu medico, qual o método contraceptivo mais adequado ao seu caso, à sua idade e ao seu estado de saúde, nas diferentes fases da sua vida fértil. É necessário saber que, qualquer que seja o método escolhido, só resultará se for utilizado correctamente.

Métodos Contraceptivos:

Métodos Reversíveis :
- Pílula
- Preservativo
- Implante
- Injectável
- Adesivo Contraceptivo
- Anel Vaginal
- Diafragma
- Espermicidas
- D.I.U.
- Contracepção de Emergência

Métodos Irreversíveis:
- Laqueação de trompas
- Vasectomia

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Métodos de Indução do Aborto:

Métodos de Indução do Aborto:
- Aborto Químico
- Aborto Cirúrgico

Anestesias:
- Anestesia Local
- Anestesia Geral

Procedimentos a ter em conta antes:
- A consulta prévia
- Na consulta prévia
- Apoio psicológico
- Apoio por assistente social
- As escolhas a fazer
- Outras consultas necessárias

Métodos de Indução do Aborto:


Aborto Químico
A gravidez pode ser interrompida medicamente, usando uma combinação do antiprogestativo mifepristone (RU 486) com uma prostaglandina, como o misoprostol. A RU 486 (Mifepristone) é reconhecida como substância abortiva.
Actua bloqueando o desenvolvimento fetal, pelo que em alguns casos requer uma intervenção cirúrgica para finalizar o processo de expulsão . Após um aborto quimico, a mulher pode ter uma hemorragia mais intensa do que a hemorragia causada por um aborto cirúrgico. Trata-se de uma hemorragia semelhante a uma menstruação. As dores também são mais frequentes e pode ocorrer alguma febre e diarreia. Se este método falhar, o aborto terá de ser completado cirurgicamente.
O recurso à RU486 encontra-se restrito ao uso hospitalar e clínicas especializadas devidamente credenciadas para o efeito.Não se deve confundir com a pílula de Contracepção de Emergencia nem com o Misopostol (no mercado, comercializado com o nome de Cytotec).


Aborto Cirúrgico
O método consiste na remoção do conteúdo uterino por aspiração e curetagem. A intervenção pode ser realizada sob método anestésico que melhor se adapte à situação (anestesia local ou geral), de acordo com a informação médica.

Uma breve hospitalização é suficiente numa situação de interrupção da gravidez, mesmo se praticada sob anestesia geral. A intervenção decorre no bloco operatório e dura apenas alguns minutos.


Anestesias:


Anestesia Local
Tem menos implicações cardíacas e respiratórias do que a anestesia geral. Existe algum desconforto/dor durante a intervenção. A partir das 12 semanas de gravidez não é utilizada.

Anestesia Geral
Óptimas condições operatórias. Não existe desconforto, nem dor. Acarreta mais cuidados no pré e pós-operatório. Mais dispendioso. Utilizada sempre a partir das 12 semanas de gravidez.

Aborto

O aborto é a interrupção de uma gravidez.

É a expulsão de um embrião ou de um feto antes do final do seu desenvolvimento e viabilidade em condições extra-uterinas.
O aborto pode ser espontâneo ou induzido. São várias as causas e os motivos que podem levar a que uma gravidez seja interrompida, quer espontaneamente, quer por indução.
O aborto pode ser induzido medicamente com o recurso a um agente farmacológico, ou realizado por técnicas cirúrgicas, como a aspiração, dilatação e curetagem.
Quando realizado precocemente por médicos experientes e com as condições necessárias, o aborto induzido apresenta elevados índices de segurança

Tipos de Aborto
# Aborto Espontâneo
# Aborto Induzido
# Aborto Ilegal



Aborto Espontâneo
Surge quando a gravidez é interrompida sem que seja por vontade da mulher. Pode acontecer por vários factores biológicos, psicológicos e sociais que contribuem para que esta situação se verifique.


Aborto Induzido
O aborto induzido é um procedimento usado para interromper uma gravidez.
Pode acontecer quando existem malformações congénitas, quando a gravidez resulta de um crime contra a liberdade e autodeterminação sexual, quando a gravidez coloca em perigo a vida e a saúde física e/ou psíquica da mulher ou simplesmente por opção da mulher.
É legal quando a interrupção da gravidez é realizada de acordo com a legislação em vigor (ver legislação).
Quando feito precocemente por médicos experientes e em condições adequadas apresenta um elevadíssimo nível de segurança.



Aborto Ilegal
O aborto ilegal é a interrupção duma gravidez quando os motivos apresentados não se encontram enquadrados na legislação em vigor ou quando é feito em locais que não estão oficialmente reconhecidos para o efeito.
O aborto ilegal e inseguro constitui uma importante causa de mortalidade e de morbilidade maternas. O aborto clandestino é um problema de saúde pública.



Complicacões do aborto.
Embora o aborto, realizado adequadamente, não implique risco para a saúde até às 10 semanas, o perigo aumenta progressivamente para além desse tempo. Quanto mais cedo for realizado, menores são os riscos existentes.
Entre as complicações do aborto destacam-se as hemorragias, as infecções e evacuações incompletas, e, no caso de aborto cirúrgico, as lacerações cervicais e perfurações uterinas. Estas complicações, muito raras no aborto precoce, surgem com maior frequência no aborto mais tardio.
Se nos dias seguintes à intervenção a mulher tiver febre, com temperatura superior a 38ºC, perdas importantes de sangue, fortes dores abdominais ou mal-estar geral acentuado,deve contactar rapidamente o estabelecimento de saúde onde decorreu a intervenção.

Todos os estabelecimentos que prestam este serviço têm de estar equipados de forma a reconhecer as complicações do aborto, com pessoal treinado quer para lidar com elas, quer para referenciar adequadamente as mulheres para cuidados imediatos.
Não há evidência de que um aborto sem complicações tenha implicações na fertilidade da mulher, provoque resultados adversos em gravidezes subsequentes ou afecte a sua saúde mental.

Não fazer sexo

No mundo todo cada vez mais pessoas resolvem obter prazer sexual sem penetração propriamente dita.

Esta é uma maneira interessante que muitos casais usam para se conhecer melhor antes de resolverem dar um passo maior.

É interessante observar que também no mundo animal esta aproximação é obrigatória, trata-se da corte ou do ritual de acasalamento.

Se você acha que ainda não é hora de ter uma relação sexual com penetração diga isto claramente ao seu companheiro ou companheira.

Existem formas prazerosas de sexo sem penetração e é importante que elas aconteçam até para o desenvolvimento sexual do casal.
Mas mesmo brincadeiras sexuais sem penetração podem engravidar

Dispositivo intra-uterino liberador de levonogestrel Mirena®

Dispositivo intra-uterino liberador de levonogestrel é uma nova forma de anticoncepcional hormonal que é colocado dentro do útero, daí seu nome. Informações sobre o Dispositivo intra-uterino liberador de levonogestrel só podem ser fornecidas pelo seu médico pessoal de acordo com as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária no Brasil, ANVISA.

Trata-se de uma forma de DIU em forma de T com um reservatório que contém 52 mg de um hormônio chamado levonogestrel.

Como o DIU de cobre necessita ser colocado por um médico habilitado.

A duração do Dispositivo intra-uterino liberador de levonogestrel é de aproximadamente cinco anos funcionando como inibidor da ovulação.

Uma vantagem do método é que muitas mulheres terão menstruações menores ou não terão menstruações durante seu uso.

Adesivo Anticoncepcional


O adesivo anticoncepcional contém os mesmos hormônios que a maioria das pílulas anticoncepcionais e deve ser colado na pele permanecendo nesta posição durante uma semana.

A maior vantagem é que a mulher não precisará tomar a pílula todo dia e nem esquecerá. Outra vantagem é que os hormônios serão absorvidos diretamente pela circulação evitando alguns efeitos colaterais desagradáveis da pílula oral.

Para iniciar o tratamento o adesivo deve ser colocado no primeiro dia da menstruação.

Este adesivo deve ser colado e permanecer na pele por uma semana. A cada três semanas deve-se fazer uma pausa de uma semana.

Anel Vaginal


O anel vaginal contem Etonogestrel e Etinilestradiol, que são os mesmos hormônios da maioria das pílulas anticoncepcionais.

É colocado na vagina no 5º dia da menstruação, permanecendo nesta posição durante três semanas.

A maior vantagem é que a mulher não precisará tomar a pílula todo dia e nem esquecerá. Outra vantagem é que os hormônios serão absorvidos diretamente pela circulação evitando alguns efeitos colaterais desagradáveis da pílula oral.

É um método conveniente, pois só precisa ser aplicado uma vez ao mês. Você mesma coloca e retira o anel, conferindo controle sobre o método contraceptivo. É um método discreto, ninguém precisa saber que você está usando. Tão eficaz quanto as pílulas combinadas mais modernas e com doses mais baixas de hormônios. Não causa desconforto, pois é um pequeno anel flexível de superfície lisa, não porosa e não absorvente, que é inserido na parte superior da vagina, uma região bastante elástica e não sensível ao toque. Não interfere na relação sexual, a maioria das usuárias e de seus parceiros não sente o anel durante a relação sexual. Se você se interessou por este método contraceptivo vaginal e quer pensar em contracepção apenas uma vez ao mês, procure seu médico. Você vai conhecer, na intimidade, o segredo de uma vida com muito mais conveniência e liberdade.

Implante anticoncepcional


Implante anticoncepcional à base de hormônios. Informações sobre o implante só podem ser fornecidas pelo seu médico pessoal.

Implante é uma pequena cápsula contendo etonogestrel, um hormônio anticoncepcional, que é introduzida embaixo da pele através de um aplicador descartável.

A duração do implante é de aproximadamente três anos funcionando como inibidor da ovulação.

Uma vantagem do método é que muitas mulheres terão menstruações menores ou não terão menstruações durante seu uso. Em algumas poucas haverá sangramento em épocas fora do normal.

Camisinha feminina

A camisinha feminina é um método novo no Brasil e pode ser encontrada nas principais redes de drogarias.

Tem todas as vantagens da camisinha masculina.

Deve ser usada pela mulher antes da relação e retirada logo após.

Cuidados necessários ao usar a camisinha feminina
Usar a camisinha feminina desde o começo do contato entre o pênis e a vagina.
Transar uma única vez com cada camisinha feminina. Usar a camisinha feminina mais de uma vez não previne contra as DST e gravidez.
Guardar a camisinha feminina em locais frescos e secos.
Nunca abra a camisinha feminina com os dentes ou outros objetos que possam danificá-la.

ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA (PÍLULA DO "DIA SEGUINTE")

Também denominada de "pós-coito". Na realidade não é um método contraceptivo, mas sim um recurso que deve ser utilizado na maneira eventual após ter ocorrido uma relação sexual dentro do período fértil, sem proteção alguma. É particularmente útil para aquelas relações sexuais não planejadas e desprotegidas, tão comuns na adolescência, em casos de violação sexual ou na presunção de falha de outro método contraceptivo (como por exemplo o rompimento da camisinha).
As náuseas e os vômitos são efeitos colaterais mais comuns do regime de Yuzpe que, no entanto, podem ser minimizados com antieméticos. É importante esclarecer a possibilidade de serem necessárias tomadas adicionais, caso os vômitos eliminem os comprimidos já ingeridos.
A anticoncepção de emergência com hormônios pode provocar antecipação do fluxo menstrual, sendo comuns alterações no padrão de sangramento. Em casos de atraso menstrual ou persistência do sangramento anormal deve-se afastar a possibilidade de gravidez.
O risco de engravidar depende do dia do ciclo menstrual no qual a mulher estava na ocasião das relações sexuais. Durante os dias mais férteis, a meio caminho entre dois períodos menstruais, o risco pode chegar a 30%. Usando o método anticoncepcional de emergência, o risco de gravidez é reduzido por pelo menos 75%. Por exemplo, um risco de 30% seria reduzido a cerca de 8%. No entanto vale lembrar que o uso contínuo e regular da pílula é muito mais eficaz.

Anticoncepção vaginal

Ele é introduzido na vagina e segue os mesmos princípios das pílulas orais. É alternativa para mulheres que enjoam demais com pílulas orais. Pode ter dificuldade de colocação por parte de mulheres que não se adaptam aos anticoncepcionais hormonais por disposição gástrica. As contra-indicações são as mesmas das pílulas e da camisinha feminina. Sua eficácia é de 99%. A mesma das outras pílulas, segundo o laboratório responsável.

Recomenda-se cuidados higiênicos à paciente, devendo sempre lavar bem as mãos antes de manipular a vagina. É importante a paciente estar bem esclarecida, havendo manipulado anteriormente e reconhecendo a abertura vaginal, para com os dedos afastar os pequenos lábios e fazer a colocação do comprimido dentro da vagina. A exemplo dos anticoncepcionais orais deve ser administrado diariamente no mesmo horário (Ex.: após o café da manhã).

ANTICONCEPÇÃO INJECTÁVEL

São injecções com hormônios mensais (estrogênios e progesterona) ou trimensais (somente progesterona com suspensão da menstruação). Em sua composição podemos ter apenas o progestagênio ou em associação de estrogênio.

Mensais - este método apresenta alta eficácia, não havendo o risco de esquecer tomadas, além de sua absorção não depender do trato gastrintestinal. Podem ocorrer alterações na periodicidade do sangramento, particularmente o encurtamento dos intervalos. Aliás, estas alterações são responsáveis pela descontinuação do método. Além da irregularidade menstrual, podem ocorrer queixas de cefaléias, náuseas e irritabilidade. Suas principais indicações são para mulheres que se esquecem de tomar pílula, doenças psiquiátricas ou quando há intolerância gastrintestinal ao AHCO. Também podem ser indicados para mulheres com anemia falciforme, pois previne a anemia e o aparecimento de hemácias anormais. É aconselhável que se espere um bom tempo após a suspensão do uso para se engravidar.

Trimensais - seu principal mecanismo de ação baseia-se na supressão do pico de LH, impedindo a maturação folicular e a ovulação. Além desse efeito não ovulatório principal, o muco cervical torna-se espesso, passando a ser hostil aos espermatozóides. O endométrio também é afetado, tornando-se hipotrófico pela menor vascularização. Apesar de altamente eficaz, este método deve ser evitado na adolescência, pois a reversibilidade é demorada, além do mais causa irregularidade menstrual e, é comum, um ganho de peso de 2, 3 Kg durante o primeiro ano de uso. Poderia ser indicado para adolescentes com deficiência mental, freqüência alvo de relações sexuais forçadas (estupro). Eventualmente outra indicação na adolescência seria para aquelas com anemia falciforme. Da mesma forma que para os injetáveis mensais, não se deve massagear ou colocar bolsa d'água quente no local da injeção. A primeira dose deve ser administrada até o 7º dia do ciclo; se feita a partir do 8º dia, um método complementar deve ser recomendado durante sete dias após a injeção, até que o AMP-D exerça seu efeito contraceptivo.
Suas eficácias são de 99,5% se usada corretamente.

DIU


Método: Pequeno dispositivo flexível inserido na cavidade uterina. Os tipos mais recentes são feitos de plásticos e contêm medicação (liberam lentamente pequenas quantidades de cobre ou progestágeno).

Mecanismos de ação:

* Interfere com a capacidade do esperma de passar pela cavidade uterina (DIU´s que liberam cobre)
* Interfere com o processo reprodutivo antes do ovo chegar à cavidade uterina
* Espessamento do muco cervical (DIU que libera progestágeno)
* Altera a camada endometrial (DIU que libera progestágeno)

Vantagens: Altamente eficaz (taxa de gravidez 0,5-1,0 por 100 mulheres durante o primeiro ano de uso do T de cobre 380A); não dependente da usuária; eficaz imediatamente; proteção a longo prazo (até 10 anos com o DIU T de Cobre 380A); volta imediata da fertilidade na remoção; poucos efeitos colaterais relacionados ao método; Não interferem nas relações sexuais; Não afetam a amamentação; necessidade de somente uma visita de seguimento; baratos (os que liberam cobre); redução de cólicas menstruais(os que liberam progestágeno).

Desvantagens: Necessidade de exame pélvico e avaliação para saber se há infecção no trato genital (ITG), recomendada antes da inserção; podem aumentar o risco de DIP e subseqüente infertilidade para as mulheres com risco de ITG e outras DST (p. ex., HBV, HIV/AIDS); requer pequeno procedimento para inserção e remoção realizados por provedor treinado; A mulher não pode descontinuar no momento que desejar (depende do provedor); aumento de sangramento menstrual e cólicas durante os meses iniciais.

VASECTOMIA


Método: Método cirúrgico que encerra permanentemente a fertilidade em homens.

Mecanismos de ação: Pelo bloqueio dos condutos deferentes (ducto ejaculatório) impede a presença de espermatozóide na ejaculação.

Vantagens: Altamente eficaz (taxa de gravidez 0,15 a 1 por 100 mulheres durante o primeiro ano de uso); permanente; pequena cirurgia realizada sob anestesia local; menor risco cirúrgico do que a esterilização feminina; sem efeitos colaterais a longo prazo; não interfere com as relações sexuais ou função sexual (sem efeito na produção de hormônios ou espermatozóides pelos testículos).

Desvantagens: Pode se arrepender mais tarde (a reversão requer cirurgia especial, é cara e freqüentemente com disponibilidade limitada); não é imediatamente efetivo (requer tempo e até 20 ejaculações) riscos e efeitos colaterais da pequena cirurgia; dor/desconforto de curta duração após procedimento; requer provedor treinado; Sem proteção para DST/AIDS.

LIGADURA TUBÁRIA


Método: Procedimento cirúrgico de caráter voluntário para término permanente da fertilidade em mulheres. Feito por Minilaparotomia (intervalo ou pós-parto) ou laparoscopia (somente intervalo).

Mecanismos de ação: Bloqueia as trompas de falópio (pela secção, cauterização, anéis ou clips). O espermatozóide é impedido de chegar ao óvulo.

Vantagens: Altamente eficaz (taxa de gravidez 0,2 a 1 por 100 mulheres durante o primeiro ano de uso); eficaz imediatamente; permanente; cirurgia simples geralmente sob anestesia local; sem efeitos colaterais a longo prazo; não interfere com as relações sexuais ou função sexual (sem efeito na produção de hormônios pelos ovários).

Desvantagens: Pode se arrepender mais tarde (a reversão requer cirurgia complexa, é cara e freqüentemente com disponibilidade limitada); riscos e efeitos colaterais da cirurgia; alto custo inicial (mais do que para vasectomia); dor/desconforto de curta duração após procedimento; requer provedor treinado; Sem proteção para DST/AIDS.

Muco cervical

O método do muco indica a época do ciclo menstrual em que a mulher pode ficar grávida (período fértil). Para isso, ela deve observar, diariamente, o muco. O muco é uma secreção produzida pelo colo do útero, que umedece a vagina e, às vezes, aparece na calcinha. Ela varia de aparência em cada período do ciclo menstrual. Aprendendo essas diferenças, é possível saber qual é o período fértil. É livre de efeitos colaterais, proporciona maior conhecimento do corpo e é gratuito. Tem a necessidade de controle constante do ciclo e um período longo de abstinência sexual. É indicado para casais disciplinados e climatério. Não indicado na presença de corrimentos, com pouca quantidade de muco e com dificuldade de avaliar o muco ou tocar nos genitais. A eficácia é de 75% a 85%. Pode aumentar com uso de métodos de barreira.

Como usar o método:
Aprenda, primeiramente, as características do muco:
Logo após a menstruação algumas mulheres têm um período seco, que não é fértil, não têm muco; o primeiro muco que aparece é grosso, opaco (branco ou amarelo), pastoso, e se quebra quando esticado. Por precaução, é melhor evitar relações nessa época; o muco fértil vai ficando mais fino, líquido, leitoso e escorregadio à medida que se aproxima a ovulação. A mulher se sente úmida, e isto é sinal de fertilidade; no período onde é mais fácil engravidar, o muco parece clara de ovo cru. É transparente e elástico. Indica a ovulação. No entanto, é preciso, ainda, esperar mais 4 dias para ter relações; depois o muco diminui e volta a ser opaco, pegajoso e perde a elasticidade. Este período já não é mais fértil; a vagina volta a ficar seca, ou com muco infértil. Isto indica um período em que não há perigo de gravidez até a menstruação.

Se não deseja, evite relações ou use outro método nesses dias. Para examinar o muco, pode-se observar o que sai na calcinha ou apalpar a vulva. No entanto, como muitas mulheres têm pouca secreção, é mais seguro colocar o dedo na vagina para, e seguida, observar que tipo de secreção está presente.

O aspecto do muco é mais importante do que a quantidade. Isto é, não interessa se o muco é muito ou pouco, mas se ele é pastoso, líquido, elástico, ou se não aparece.

Tabela

O método de Ogino-Knaus, calendário, ritmo ou tabela como é mais conhecido, é talvez um dos mais utilizados. Busca encontrar, através de cálculos, o início e o fim do período fértil.

Como calcular o período fértil:

* Verifique a duração dos seus seis últimos ciclos menstruais, determine o mais longo e o mais curto. Calcule quando ocorrem os dias férteis, seguindo as instruções a seguir:
* Do número total de dias no seu ciclo mais curto, subtraia 18. isto identifica o primeiro dia fértil do seu ciclo.
* Do número total de dias no seu ciclo mais longo, subtraia 11. isto identifica o último dia fértil do seu ciclo.

Exemplo: Ciclo mais curto: 26 dias menos 18 dias = 8 dias
Ciclo mais longo: 30 dias menos 11 dias = 19 dias

Seu período fértil é calculado como começando no oitavo dia do ciclo e terminando no décimo nono dia do seu ciclo (12 dias de abstinência são necessários para evitar a gravidez).

Vantagens: Pode ser usado para evitar ou alcançar uma gravidez; não apresenta efeitos colaterais físicos; grátis; aumenta o conhecimento da mulher sobre o seu sistema reprodutivo; retorno imediato da fertilidade.

Desvantagens: Alta incidência de falha; difícil para algumas mulheres detectar o período fértil; não protege contra DST/AIDS.

Coito interrompido

O coito interrompido baseia-se na capacidade do homem pressentir a iminência da ejaculação e neste momento retirar o pênis da vagina evitando assim a deposição do esperma. O método requer autocontrole do homem, de forma que ele possa retirar o pênis pouco antes da ejaculação.

Cuidados: Antes do ato sexual o homem deve urinar e retirar restos de esperma de uma eventual relação anterior; antes da ejaculação, o pênis deve ser retirado da vagina e o sêmen depositado longe dos genitais femininos.

Desvantagens: O líquido pré-ejaculatório pode conter espermatozóides vivos o que aumenta o índice de falha; não oferece proteção contra DST/AIDS; é comum a insatisfação sexual de um ou de ambos os parceiros; a eficácia deste método é difícil de se avaliar, acreditando-se que o índice de gravidez seja acima de 25 gravidezes por 100 mulheres.

Espermicidas

Método: Químicos (p. ex. nonoxinol 9) que inativam ou matam os espermatozóide.

Mecanismos de ação: Causa ruptura da membrana celular do espermatozóide, que afeta sua mobilidade e a habilidade de fertilizar o óvulo. Existem em formas de aerosol em espuma, cremes, pomadas, geléias, supositórios vaginais, tabeletes vaginais

Vantagens: Eficaz imediatamente,uso simples, disponível sem receita médica,não apresenta efeitos sistêmicos colaterais, aumenta a umidade(lubrificação) durante as relações sexuais. Alguma proteção contra ITG e outras DST (p. ex. HBV, HIV/AIDS).

Desvantagens: Alta incidência de falha (taxa de gravidez 10-30 por 100 mulheres durante o primeiro ano de uso). Necessita estar disponível antes das relações sexuais. Precisa esperar 7 a 10 minutos após aplicação antes do ato (tabletes, supositórios). Efetivo somente por 1-2 horas(verifique as instruções de cada espermicida).

Diafragma


Método: É um pequeno dispositivo circular de borracha com borda firme e flexível, que ao ser colocada na vagina forma uma barreira física sobre o colo do útero.

Mecanismos de ação: Evita que o esperma chegue ao trato reprodutivo superior (útero e trompas de falópio).

Vantagens: Sem riscos relacionados ao método. Eficaz imediatamente. Segura o fluxo menstrual quando usado durante a menstruação. Alguma proteção contra ITG (infecção no trato genital) e outras DST (p. ex. HBV, HIV/AIDS) especialmente se usado com espermicida.

Desvantagens: Alta taxa de falha (taxa de gravidez 5-25 por 100 mulheres durante o primeiro ano de uso). Exame pélvico necessário para medicação inicial. Necessita estar disponível antes das relações sexuais. Deve ser retirado somente após 6 horas depois de relações sexuais. Associado a infecções do trato urinário em algumas usuárias.

Camisinha


Método: Um revestimento fino, de látex, vinil ou produtos naturais (de animal), que podem conter espermicidas para maior proteção. É colocado para revestir o Pênis ereto.

Mecanismos de ação: Evita que o esperma chegue ao trato reprodutor feminino, e que microorganismos causadores de ITG (infecção no trato genital) e outras DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) sejam transmitidos de um parceiro a outro.

Vantagens: Sem riscos relacionados ao método. Não existe necessidade de supervisão médica. Barato. Não existe necessidade de exame pélvico antes do uso. Pode prolongar a ereção e tempo até a ejaculação. Servem como proteção contra ITG e outras doenças sexualmente transmissíveis (p. ex. HBV, HIV/AIDS).

Desvantagens: Alta taxa de falha (taxa de gravidez 10-30 por 100 mulheres durante o primeiro ano de uso). As camisinhas precisam estar disponíveis antes do início da relação sexual. Pode reduzir a sensibilidade do pênis. Pode ser difícil manter a ereção.

PERIGOS DA PÍLULA ANTICONCEPCIONAL

É perigoso usar pílulas anticoncepcionais sem orientação médica pessoal

CONTRA-INDICAÇÕES
Você não deve usar PÍLULAS ANTICONCEPCIONAIS COM ESTROGÊNIO nas condições a seguir. Caso você apresente qualquer uma destas condições, informe seu médico. Ele pode receitar para você outro contraceptivo oral ou outro método contraceptivo (não-hormonal).

1. história atual ou anterior de problemas circulatórios, especialmente os relacionados com a trombose. A trombose é a formação de um coágulo de sangue que pode ocorrer nos vasos sangüíneos das pernas (trombose venosa profunda), nos pulmões (embolia pulmonar), no coração (ataque cardíaco) ou em outras partes do corpo (veja o item "Contraceptivos e a trombose");
2. história atual ou anterior de derrame cerebral, causado por um coágulo de sangue ou por um rompimento de um vaso sangüíneo no cérebro;
3. história atual ou anterior de sinais indicativos de ataque cardíaco (como angina ou dor no peito) ou de um derrame (como um ataque isquêmico transitório ou um pequeno derrame reversível);
4. história de enxaqueca acompanhada, por exemplo, de sintomas visuais, de dificuldades para falar, de fraqueza ou de adormecimento em qualquer parte do corpo;
5. diabetes mellitus com lesão de vasos sangüíneos;
6. história atual ou anterior de pancreatite (inflamação do pâncreas), associada com níveis altos de triglicérides (um tipo de gordura) no sangue;
7. icterícia (síndrome caracterizada por coloração amarelada dos tecidos pela presença anormal de pigmentos biliares) ou doença grave do fígado;
8. história atual ou anterior de câncer que se pode desenvolver por causa de hormônios sexuais (por exemplo, câncer de mama ou dos órgãos genitais);
9. mau funcionamento dos rins (insuficiência renal, falência renal) em casos graves ou agudos;
10. presença ou antecedente de tumor no fígado (benigno ou maligno);
11. presença de sangramento vaginal sem explicação;
12. ocorrência ou suspeita de gravidez;
13. hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula.



Se qualquer um destes casos ocorrer pela primeira vez com você, ao mesmo tempo que estiver tomando a pílula, pare de usá-la imediatamente e consulte seu médico. Neste período, você deve usar outras medidas contraceptivas não-hormonais
"Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico; pode ser perigoso para a sua saúde."

BENEFÍCIOS E USOS TERAPÊUTICOS DA PÍLULA ANTICONCEPCIONAL

Os contraceptivos orais são alguns dos produtos mais estudados e prescritos. Os benefícios à saúde são numerosos e superam os riscos. Existem evidências definitivas de proteção contra câncer de ovário e de endométrio, doença benigna da mama, doença inflamatória pélvica (DIP), gravidez ectópica e anemia por deficiência de ferro.

Também tem sido sugerido que contraceptivos orais podem oferecer benefício na densidade mineral óssea, miomas uterinos, síndrome de choque tóxico e câncer colorretal. Existem evidências mínimas que apoiam a proteção contra o desenvolvimento de cistos ovarianos funcionais e artrite reumatóide. Tratamento de alterações clínicas com contraceptivos orais é uma prática clínica que não consta na bula. Dismenorréia, sangramento irregular ou excessivo, acne, hirsutismo e endometriose associada à dor, são alvos comuns da terapia com contraceptivos orais.

A maioria das pacientes não está consciente destes benefícios à saúde, bem como dos usos terapêuticos dos contraceptivos orais, sendo que elas têm uma tendência a superestimar os riscos. Orientação e educação são necessárias para ajudar as mulheres a ficarem bem informadas a respeito de decisões de cuidados com a saúde e aderência ao tratamento.

Esqueci de tomar a pílula

A pílula é um dos métodos anticoncepcionais mais eficientes. Se usada corretamente é 99,9% segura. Mas muitas mulheres esquecem de tomar a pílula e acabam grávidas. O que fazer se esquecer de tomar por mais de 12 horas do horário habitual?

O que recomendamos é o seguinte:

1. Se esquecer a pílula por mais de 12 horas tome imediatamente uma nova pílula e use camisinha até o final desta caixa de pílulas.

2. Não esqueça de continuar tomando as pílulas no seu horário habitual.

3. Se esquecer por mais de um ou dois dias provavelmente a menstruação virá. Neste caso para a pílula, faça a pausa que está acostumada a fazer, e reinicie nova cartela de pílulas.
4. Em caso de dúvida use camisinha até o final da cartela.

5. E muito importante: Consulte seu médico a respeito.

Achamos o que escrevemos acima mais fácil e prático, mas de acordo com a Organização Mundial da Saúde o que também pode ser feito é o seguinte:

Em primeiro lugar veja na caixa de pílulas, na bula, ou aqui, quanto sua pílula tem de etinil estradiol.

Para mulheres que tomam pílulas de 30 ou 35 μg de etinil estradiol:

E que esqueceram de tomar 1 ou 2 pílulas consecutivas ou iniciaram a pílula 1 ou 2 dias após a data certa de início:

1.

Tomar a pílula esquecida tão logo seja possível e continuar tomando a pílula uma a cada dia. De acordo com a OMS não é necessário nenhum método anticoncepcional adicional.

E que esqueceram 3 ou mais pílulas consecutivas ou tenha iniciado a pílula 3 ou mais dias após a data certa:

1.

Tomar a pílula esquecida tão logo seja possível e continuar tomando a pílula uma a cada dia. Usar camisinha por 7 dias em seguida.
2.

Se o esquecimento foi na primeira semana da pílula e houve sexo desprotegido considere a possibilidade de usar a contracepção de emergência.

Para mulheres que usam pílulas de ≤20 μg de etinil estradiol:

E que esqueceram de tomar 1 ou iniciaram a pílula 1 dia após a data certa de início:

1.

Tomar a pílula esquecida tão logo seja possível e continuar tomando a pílula uma a cada dia. De acordo com a OMS não é necessário nenhum método anticoncepcional adicional.

Uma mulher que tenha esquecido 2 ou mais pílulas ou tenha iniciado a pílula 3 ou mais dias após a data certa:

1.

Tomar a pílula esquecida tão logo seja possível e continuar tomando a pílula uma a cada dia. Usar camisinha por 7 dias em seguida.
2.

Se o esquecimento foi na primeira semana da pílula e houve sexo desprotegido considere a possibilidade de usar a contracepção de emergência.

Para mulheres que usam Pílula sem estrogênio ou Micro Pílula a recomendação é:

1.

Tomar a pílula esquecida tão logo seja possível e continuar tomando a pílula uma a cada dia. Usar camisinha por dois dias após o esquecimento.
2.

O uso da contracepção de emergência deve ser considerado se houve sexo desprotegido.

No caso da Micro Pílula a tomada deve ser no mesmo horário todos os dias. Caso seja esquecida por mais de 3 horas deve ser seguida a recomendação acima.

E o mais importante: Consulte seu médico a respeito.

A Pílula


A pílula anticoncepcional é um dos melhores métodos para se evitar uma gravidez indesejada.

Existem diversos tipos de pílula porque existem diversos tipos de mulheres.

Seu médico é a melhor pessoa para decidir que tipo você deve tomar.

Existem outras indicações médicas para a pílula tais como endometriose, ovários policísticos, tensão pré-menstrual e cólica menstrual.

A pílula funciona através da ingestão diária de uma pequena quantidade dos hormônios que são produzidos nos ovários.

Esta ingestão diária de hormônios, iguais aos que você normalmente tem, acaba enganando o sistema de regulação do seu organismos que imagina estar você grávida.

Com isto é inibida a ovulação. Os óvulos não são mais liberados pelos ovários e você não engravida.

Ao final de uma cartela a parada da ingestão dos hormônios causa uma menstruação

Em maio de 1999 foi lançada a pílula vaginal para as mulheres que enjoam muito com o anticoncepcional oral. Trata-se de uma descoberta do médico brasileiro Elsimar Coutinho.

Pílula sem estrogênio, uma nova revolução na anticoncepção hormonal.

Pílulas com menos hormônio e que estão sendo chamadas, fora do Brasil, de ultra-light.

Anel Vaginal Anticoncepcional e o Adesivo Anticoncepcional com as mesmas vantagens da pílula anticoncepcional oral mas com maneiras diferentes de uso

Nunca, mas nunca mesmo, use um anticoncepcional ou qualquer outro medicamento com tarja vermelha sem orientação médica pessoal.
Não use medicamento de maneira diferente da prevista na receita a não ser que tenha sido orientada pessoalmente pelo seu médico.
Anticoncepcionais orais foram feitos para serem tomados da maneira prevista na receita e na bula, não devendo ser tomados de maneira diferente como por exemplo, sem pausa, a não ser que tenha sido orientada pessoalmente pelo seu médico.
Anticoncepcionais orais tomados de maneira errada perdem sua eficácia ocasionando riscos de gravidez e de efeitos colaterais que podem ser graves.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Prevenção de Infertilidade

Nutrição

A alimentação deve ser variada e equilibrada, com farináceos, vegetais, saladas, fruta (2-3 peças/dia), leite (0,5-1 L/dia) e derivados, carne e peixe (100 g por refeição; equilibrar peixe e carne) e 1,5 L água/dia. Deve-se evitar uma alimentação rica em açúcares e gorduras, pois favorece a diabetes, as doenças da tiróide, as doenças cardiovasculares (aterosclerose, acidentes cerebrovasculares, insuficiência cardíaca, angina de peito, hipertensão arterial, varizes), a insuficiência hepática e a insuficiência renal. Os alimentos ricos em vitaminas anti-oxidantes melhoram o desempenho dos espermatozóides. Evitar carne de animais alimentados com rações químicas e derivadas de produtos animais, pois contêm frequentemente hormonas esteróides e antibióticos. Evitar produtos hortículas e frutas tratadas quimicamente, bem como todos os produtos contendo ingredientes químicos, pois podem apresentar químicos tóxicos para os ovócitos e espermatozóides.

Radiações
Evitar viver junto a centrais termoeléctricas ou nucleares. Interditar mais de 2h/dia o uso de televisão ou computadores para fins recreativos. Interditar o uso de telemóveis antes da adolescência.

Desporto
Regular (3x/semana).

Roupa
Rapazes: boxers, calças não apertadas, fraldas largas e ventiladas.

Vacinas
Sempre em dia, incluindo a da rubéola, hepatite B e papeira.

Cirurgia
Correcção da criptorquidia até aos 2 anos. Hidrocelo/Varicocelo: cirurgia só se de grande volume (visível a olho nú) ou se provocar dor.

Défices do desenvolvimento físico e sexual
O pediatra deve diagnosticar precocemente os distúrbios genéticos e endócrinos (atraso do crescimento, défice cognitivo, alterações físicas, défice ou precocidade da puberdade). A correcção dos distúrbios endócrinos sexuais, por urologista, deve ser mista, testosterona para o hipogonadismo e FSH/LH para manter a espermatogénese. Os distúrbios femininos devem ser tratados pela ginecologia.

Hábitos
Não consumir tabaco, álcool e drogas.

Sono
Manter um mínimo de 8h de sono regular.

Sexualidade

Explicar que a sexualidade é natural e essencial para o equilíbrio dos humanos, e que esta é um equilíbrio entre sexo e amor. Explicar que a dissociação entre sexo e amor provoca angústias, transtornos, sofrimento e desilusões. Explicar adequadamente a anatomia e a fisiologia da reprodução. Evitar educação baseada na culpa. Evitar relações sexuais antes de uma ligação afectiva forte. Usar sempre preservativo se relação sexual ocasional (relação sexual de qualquer tipo) ou se o casal ainda não fez análises. Introduzir anticonceptivo oral se início de relações sexuais estáveis e frequentes (>1x/mês).

Preservação da fertilidade em oncologia
Criopreservar ovócitos/tecido ovárico e espermatozóides/tecido testicular antes de cirurgia genital, QT ou RT.

Ecografia pélvica feminina
Aos 15 anos, para despiste de anomalias orgânicas e tumores.

Mamografia/Ecografia mamária
Aos 15 anos, para despiste de anomalias e tumores. Anual após início de vida sexual.

Citologia do colo uterino
A citologia do colo uterino deve ser efectuada todos os anos após o início da vida sexual para despiste do cancro do colo do útero.

Espermograma
Aos 18 anos, para despiste de infertilidade.

Consultar médico de RMA
Se história familiar de infertilidade; acne, pilosidade aumentada, períodos irregulares ou amenorreia; lesões genitais; anomalias do pénis ou dos testículos.

Equipamento completo de protecção
No trabalho industrial.

Outras Causas de Infertilidade

Frequência das relações sexuais

Ao contrário do que se diz e se pensa, uma elevada frequência de relações sexuais é benéfica e não diminui a qualidade do sémen. Não devem é ser efectuadas com a intenção ou preocupação de se alcançar a concepção, pois causa ansiedade desnecessária. Devem ocorrer apenas por amor e prazer entre o casal. Deste modo, não é necessário estar atento ao dia provável da ovulação.

Antecedentes familiares
A infertilidade pode ser hereditária, pelo que se deve avaliar cuidadosamente a história familiar referente a casos de infertilidade, casamentos intrafamiliares e doenças genéticas, hematológicas, respiratórias, cardiovasculares, endócrinas, auto-imunes, renais, neurológicas, psiquiátricas e oncológicas.

Hábitos, Alimentação, Desporto, Profissão e Medicamentos
Várias substâncias químicas afectam a qualidade dos ovócitos e dos espermatozóides, podendo também atingir o desenvolvimento da placenta e do feto.

Aumento da temperatura escrotal. Ocorre com os motoristas, nos trabalhadores junto a fornos e fontes de radiação, nos indivíduos que passam horas consecutivas sentados no escritório, e com o uso de roupa apertada. Provoca perda da qualidade do sémen.

Nicotina. Provoca lesões no material genético dos ovócitos, tornando-os incompetentes para originar um embrião saudável. Nas fumadoras, quando o ovócito é normal e o embrião implanta, a nicotina, porque causa aterosclerose e espasmo arterial, condiciona risco de parto prematuro e atraso do crescimento fetal intra-uterino. Nos homens, a nicotina causa diminuição da líbido, défice da erecção, e perda da qualidade do sémen (oligozoospermia e astenozoospermia).

Drogas. Causam lesão genética dos ovócitos, anomalias fetais, parto prematuro, atraso do crescimento fetal intra-uterino e síndrome de abstinência do recém-nascido. Nos homens causa perda da libido, impotência, diminuição da qualidade e aumento de lesões genéticas dos espermatozóides.

Álcool. O alcoolismo crónico associa-se a distúrbios endócrinos, à perda da função renal e hepática, à aterosclerose e à hipertensão arterial. Estas causam desregulação endócrina do ovário (pode, por isso, condicionar défice da ovulação e diminuição da qualidade genética e morfológica dos ovócitos), perda da líbido e aumento das infecções genitais. Também facilitam as complicações na gravidez e no parto, e condicionam fetos com lesões cerebrais. O etanol provoca lesões directas no material genético dos ovócitos, tornando-os incompetentes para originar um embrião saudável. No homem, o alcoolismo provoca perda da líbido e da erecção, bem como perda da qualidade do sémen (oligo-terato-astenozoospermia).

Obesidade. Associa-se a distúrbios endócrinos (doenças da tiróide, diabetes), à perda da função renal e hepática, à aterosclerose e à hipertensão arterial. Estas causam disfunção ovulatória, diminuição da qualidade genética e morfológica dos ovócitos, lesão do endométrio, perda da libido, dispareunia (dor nas relações sexuais) e infecções genitais de repetição (diabetes, excesso de humidade nas pregas). Também facilitam as complicações na gravidez e no parto, e condicionam fetos macrossómicos e diabéticos. No homem, são responsáveis pela perda da líbido e da erecção.

Magreza. A perda excessiva da gordura pode condicionar disfunção ovulatória e amenorreia.

Sedentarismo. Favorece a obesidade e o sobreaquecimento escrotal.

Medicamentos. Podem diminuir a líbido e dificultar a erecção, como os antihipertensores e os antidepressivos.

Químicos industriais, poluição do ar e químicos alimentares. Dioxinas, hidrocarbonetos, cádmio, zinco, crómio, mercúrio, chumbo, carne (com hormonas esteróides) e peixe (com mercúrio). Causam lesões genéticas nos gâmetas, embriões e fetos.

Radiações. Proximidade de instalações geradoras de electricidade ou de energia rádio-activa, telemóveis de geração antiga, computadores. Causam lesões genéticas nos gâmetas, embriões e fetos.

Doenças sistémicas
Doenças cardiovasculares, eritrocitárias, da hemoglobina e da coagulação. Devido ao risco de hemorragia e trombose impõem um maior cuidado no tratamento hormonal da infertilidade e uma maior vigilância da gravidez e do parto (descolamento da placenta, parto prematuro). Podem interferir com a implantação e causar abortamentos de repetição. No homem podem causar dificuldade na erecção ou anejaculação.

Doenças respiratórias. A doença dos cílios imóveis (sinusite crónica, bronquite crónica, bronquiectasias) impede o movimento do embrião ao longo das trompas em direcção à cavidade uterina e causa imobilidade dos espermatozóides. A asma e as dificuldades respiratórias também dificultam a gravidez e o parto.

Doenças auto-imunes. Tiroidite, artrite reumatóide, espondilite anquilosante, lúpus eritematoso sistémico. Podem causar infertilidade, quer porque os auto-anticorpos impedem a fecundação ou a implantação, quer porque podem originar abortamentos de repetição por rejeição materno-fetal.

Doenças gastro-intestinais. Doença celíaca, doença de Chron, colite ulcerosa, hemocromatose, doença de Wilson, hepatites. Podem estar associadas a disfunção ovulatória, perda da qualidade do sémen, dificuldades na implantação e abortamentos de repetição.

Doenças neurológicas. Paraplegia, doenças neurodegenerativas. Podem causar perda da libido ou dispareunia na mulher, e perda da libido, dificuldade da erecção ou anejaculação no homem.

Doenças psiquiátricas e mentais. Legalmente, o atraso mental impede o recurso ao tratamento da infertilidade. Os medicamentos usados em psiquiatria causam perda da libido, disfunção eréctil, anejaculação e perda da qualidade do sémen. Podem também interferir com a implantação e induzir anomalias fetais.

Traumatismos e acidentes
Podem causar infertilidade se lesarem os órgãos genitais ou causarem incapacidade para ter relações sexuais. No homem pode também causar ausência de erecção e anejaculação (paraplegia).

Stress ocupacional e stress associado à infertilidade e aos tratamentos de RMA
A ansiedade e a depressão não provocam directamente alterações dos espermatozóides nem dos ovócitos. Porém, indirectamente, o stress é causa de infertilidade, afectando a concepção espontânea, a qualidade do sémen e a implantação. Vários exemplos testemunham o impacto da ansiedade e da depressão: os homens bloqueiam frequentemente quando têm de ter relações sexuais em dias e horas predeterminadas; a ausência de ligações afectivas fortes condiciona uma diminuição do número das relações sexuais e da qualidade do sémen; quando os homens se vão masturbar para colher o sémen destinado ao tratamento, cerca de 1-5% bloqueiam psicologicamente e não conseguem executar a tarefa, sendo necessário usar métodos alternativos; cerca de 10-15% das amostras de sémen colhidas para o tratamento apresentam piores parâmetros do que as amostras colhidas fora dos tratamentos; em cerca de 10% dos casais, após estes serem bem recebidos pelo médico e quando este os descansa e inicia o estudo correcto para o diagnóstico, surge uma gravidez espontânea apenas devido ao relaxamento; após a transferência dos embriões para a cavidade uterina, a mulher reage psicologicamente como se fosse seguro ir engravidar e desenvolve muita ansiedade na espera da análise da implantação e na ecografia da 5-7ª semana, o que causa muito sofrimento, provoca queixas psicossomáticas e baixa a taxa de gravidez. Por esse motivo, quando vem a menstruação ou a análise da βhCG é negativa, entram muito facilmente em depressão; ocorrem divórcios durante os tratamentos, por culpabilização intraconjugal. Existem também distúrbios psicológicos que podem gerar disfunção sexual, com incapacidade de ter relações sexuais (ausência de erecção ou vaginismo), muitas vezes por défice afectivo real entre o casal, outras vezes por um passado traumatizante (violação). É, por isso, essencial um acompanhamento por psicóloga, se assim o desejarem, para além do suporte das consultas médicas.

Principais Causas de Infertilidade Masculina


Alterações do espermograma

Com o espermograma avalia-se, no sémen ejaculado (por masturbação após 3 dias de abstinência: relação sexual boa, 3 dias sem relações, colheita na manhã do 4º dia), o volume, o pH, a viscosidade, o tempo de liquefacção, a concentração, mobilidade, morfologia e resistência dos espermatozóides, as infecções e a presença de auto-anticorpos.

Causas das anomalias seminais. As alterações do espermograma podem ser devidas a causas genéticas (principal causa) ou secundárias (infecções genitais, álcool, tabaco, drogas, tóxicos ambientais, tóxicos profissionais, tóxicos alimentares, sobreaquecimento, medicamentos, sedentarismo).

O tempo de abstinência (2-5 dias) serve para acumular uma grande quantidade de espermatozóides no canal excretor que se localiza a seguir ao testículo (epidídimo), e que funciona como reservatório dos espermatozóides até à ejaculação. Essa quantidade é a essencial para se poderem efectuar todos os testes necessários.

O volume médio normal do sémen é de 2-5 mL. A hipospermia (diminuição do volume do sémen) e a hiperspermia (aumento do volume do sémen) indicam um número reduzido ou ausência de espermatozóides.

Um pH ácido indica infecção pelo bacilo da tuberculose ou ausência congénita dos canais excretores.

A viscosidade aumentada e o aumento do tempo de liquefação (> 30 minutos) é indicação para análise genética do gene CFTR.

A concentração normal de espermatozóides é de ≥20 milhões/mL (oligozoospermia: diminuição da concentração dos espermatozóides; azoospermia: ausência de espermatozóides).

A mobilidade dos espermatozóides é variável, mas os fecundantes têm de apresentar uma mobilidade progressiva rápida de ≥25% do total (astenozoospermia: diminuição da mobilidade progressiva rápida dos espermatozóides; necrozoospermia: imobilidade total por morte dos espermatozóides).

A morfologia normal dos espermatozóides deve ser ≥15% (teratozoospermia: diminuição do número de espermatozóides morfologicamente normais).

A resistência da membrana (mede a capacidade da mobilidade durante os 1-2 dias necessários no trajecto desde o canal vaginal até encontrar e fecundar o ovócito na extremidade distal da trompa) é calculada pela vitalidade e pelo teste hipo-osmótico, que devem ser ≥60%.

A presença de células germinais imaturas indica descamação do epitélio germinal. Ocorre geralmente nas infecções ou na diminuição da qualidade e número dos espermatozóides.

A aglutinação de espermatozóides indica a presença de anticorpos anti-espermatozóide.

A presença de leucócitos, bactérias, fungos ou protozoários indica infecção. Obriga a espermocultura para identificação dos micro-organismos e posterior tratamento.

Criptorquidia
Situação congénita muito frequente em Portugal e caracterizada pela descida incompleta dos testículos para o escroto, ficando na região abdominal ou no canal inguinal. Causa azoospermia secretora. No caso de posição do testículo na região inguinal, a criptorquidia pode e deve ser corrigida cirurgicamente (orquidopexia: reposição do testículo na bolsa escrotal) até aos 2 anos de vida. No caso do testículo se encontrar na cavidade abdominal (por não se palpar na região inguinal), deve ser feito TAC ou RMN para saber onde se localiza. Uma vez localizado, a criança deve ser operada porque o testículo intra-abdominal degenera ou transforma-se numa neoplasia maligna. Se o exame não permitir visualizar o testículo na cavidade abdominal, então trata-se de uma ausência congénita do testículo (anorquidia), o que obriga a tratamento hormonal virilizante.

Anomalias endócrinas
Toda a criança de sexo masculino com anorquidia, criptorquidia, diminuição do volume testicular, atraso de crescimento ou atraso das características sexuais secundárias próprias da puberdade (pilosidade, voz, pénis) deve ser estudada em termos endocrinológicos. Os défices do desenvolvimento sexual tratam-se com testosterona e a estimulação da produção de espermatozóides faz-se com FSH e LH.

Anomalias do cariótipo
A alteração do número ou da estrutura dos cromossomas pode causar azoospermia secretora ou perda da qualidade do sémen. As anomalias nos espermatozóides podem causar incapacidade de fecundação, paragem do desenvolvimento embrionário, perda da qualidade embrionária, falhas da implantação, abortamentos de repetição ou fetos com anomalias estruturais. Um caso particular é o síndrome de Klinefelter (47,XXY), com estatura elevada e hipogonadismo.

Ejaculação retrógrada
Nos operados à próstata, o sémen durante a ejaculação pode refluir para a bexiga urinária em vez de ser expelido para o exterior através da uretra.

Anejaculação
As lesões da medula espinhal ou dos nervos pélvicos, as doenças vasculares, determinadas medicações e distúrbios psicológicos podem causar ausência de erecção e/ou de ejaculação (anejaculação). São relativamente frequentes nos casos das lesões vertebro-medulares, traumáticas (quedas, acidentes de viação, agressões) ou por tumores da medula espinhal, que geralmente se acompanham de paraplegia. Também são frequentes nos casos das lesões dos nervos pélvicos secundários à cirurgia oncológica abdominal ou às doenças neurodegenerativas. São também frequentes nas doenças que obstruem os vasos sanguíneos, como a diabetes, as doenças cardiovasculares e os acidentes cerebrovasculares. Em casos mais raros, a anejaculação é de causa psíquica.


Azoospermia obstrutiva
Deve-se a uma obstrução ou a ausência congénita dos canais genitais excretores (epidídimo, canal deferente). Nos casos de causa genética, os pacientes devem efectuar ecografia renal (existem casos associados a malformações dos rins), ecografia pélvica (para verificar se existem malformações das vesículas seminais ou malformações/obstrução dos canais ejaculadores), bem como um estudo das mutações genéticas do gene CFTR (inclusive da esposa se o marido tiver mutações do CFTR). Pode também se devida a vasectomia (método contraceptivo masculino: laqueação dos canais deferentes). Mais frequentemente, é secundária a infecções genitais (tuberculose; doenças de transmissão sexual: sífilis, gonorreia, clamidea, micoplasma, micoses, HPV, herpes genital), a cirurgia escrotal (hidrocelo, varicocelo, remoção de quistos de epidídimo, exérese de tumores testiculares, tentativa de recanalização dos canais excretores por anomalias da junção entre o epidídimo e o canal deferente ou por obstrução inflamatória do epidídimo; tentativa de recanalização do canal deferente após vasectomia) e a cirurgia de correcção de hérnia inguinal (herniorrafia).


Azoospermia secretora
Esta doença tem múltiplas causas, genéticas e secundárias. O paciente apresenta azoospermia porque o testículo não produz espermatozóides ou produz espermatozóides em número insuficiente. Pode ser devida a criptorquidia, anomalias do cariótipo, mutações genéticas do cromossoma Y, distúrbios endócrinos, infecção testicular (papeira), exposição a tóxicos ambientais e profissionais, ou a QT/RT.


Causa desconhecida (idiopática)
Cerca de 10% dos casos de infertilidade parecem apresentar todo o sistema genital sem problemas, mas mesmo assim são inférteis. Em muitos casos, existem anomalias moleculares dos espermatozóides, para os quais não existem testes de detecção. Frequentemente, estes só se descobrem durante a fecundação in vitro, momento em que se podem observar os ovócitos, a fecundação e o desenvolvimento embrionário. As causas mais frequentes são a incapacidade de ligação ou de penetração dos revestimentos externos do ovócito, a incapacidade de fusão com o ovócito ou de o activar após a fusão. As anomalias nos espermatozóides podem causar incapacidade de fecundação, paragem do desenvolvimento embrionário, perda da qualidade embrionária, falhas da implantação, abortamentos de repetição ou fetos com anomalias estruturais.

Lesões do escroto
Hidrocelo. Acumulação congénita de líquido no escroto. Causa diminuição da qualidade do sémen.

Varicocelo. Varizes do escroto. Causa diminuição da qualidade do sémen.

Quistos do epidídimo. Podem ser congénitos ou secundários a infecções. Podem causar azoospermia obstrutiva.

Torção testicular. Acidental. Pode levar à remoção cirúrgica do testículo (orquidectomia).

Traumatismos escrotais. Podem causar azoospermia secretora.

Tumores malignos
Os tumores malignos obrigam frequentemente à remoção cirúrgica do órgão, a quimioterapia (QT) e a radioterapia (RT). Quer a QT, quer a RT (se for pélvica), são agentes esterilizantes dos testículos. No caso dos tumores malignos atingirem os órgãos genitais, pode haver necessidade de remoção cirúrgica do testículo (orquidectomia).


Anomalias anatómicas
Alteração da morfologia dos genitais externos: intersexo. Alterações do tamanho e forma do pénis (micropénis), ou da localização do meato urinário (hipospádias; epispádias). Alterações do tamanho e localização dos testículos (hipotrofia: diminuição moderada do volume; atrofia: diminuição marcada do volume; criptorquidia; anorquidia: ausência congénita do testículo).

O casal com problemas de infertilidade deve consultar um especialista de Reprodução Medicamente Assistida (RMA), quer nas consultas de infertilidade dos hospitais públicos, quer nas clínicas privadas dessa especialidade.

A infertilidade é uma doença


Definição de infertilidade

A infertilidade é o resultado de uma falência orgânica devida à disfunção dos orgãos reprodutores, dos gâmetas ou do concepto. Um casal é infértil quando não alcança a gravidez desejada ao fim de um ano de vida sexual contínua sem métodos contraceptivos. Esta definição é válida para o casal com vida sexual plena de amor e prazer (3-5 vezes por semana), em que a mulher tem <35 anos de idade (6 meses se ≥35 anos de idade), e em que ambos não conhecem qualquer tipo de causa de infertilidade que os atinja. Também se considera infértil o casal que apresenta abortamentos de repetição (≥3, consecutivos).

Prevalência da infertilidade
A mulher deixa de produzir ovócitos após o nascimento. Na recém-nascida, cada ovário possui um milhão de folículos primordiais. Todos os meses, em cada ovário, cerca de 20-30 folículos iniciam o seu crescimento mas, devido à ausência de níveis adequados de hormonas, esses folículos degeneram (atrésia). Em consequência, por altura da puberdade, cada ovário já só possui 100.000 ovócitos. Na adolescência, a cada mês, um dos ovários consegue fazer crescer um folículo até aos 2-3 cm, a que se segue a sua ovulação (os ovários alternam a cada mês). Em simultâneo com este ciclo ovárico, a rapariga inicia os ciclos menstruais. A partir dos 28 anos, observa-se uma perda progressiva da capacidade de resposta dos folículos primordiais aos níveis hormonais. Deste modo, o ovário tende a deixar de formar folículos maduros, dando origem, com uma frequência cada vez maior, a folículos contendo ovócitos imaturos ou a folículos com ovócitos anormais (em morfologia e em estrutura genética), podendo mesmo não ovular. Os ciclos menstruais mantêm-se geralmente ritmados, independentemente do ciclo ovárico. Estas anomalias devem-se ao facto dos ovócitos estarem parados há vários anos, o que permite o seu envelhecimento. Em consequência, por exemplo, a taxa de trissomia 21 aumenta para 1/500 recém-nascidos aos 34 anos e 1/100 recém-nascidos aos 39 anos.

Pelo contrário, o homem nasce com células mãe nos testículos e só inicia a produção dos espermatozóides a partir da puberdade. Esta produção mantém-se toda a vida, apesar da concentração, morfologia normal e mobilidade dos espermatozóides tender a diminuir com a idade, geralmente já fora do período reprodutivo.

A prevalência da infertilidade conjugal é de 15-20% na população em idade reprodutiva. A taxa de infertilidade masculina é similar à taxa de infertilidade feminina. Em média, 80% dos casos apresentam infertilidade nos dois membros do casal, sendo, geralmente, um mais grave do que o outro. A infertilidade tem aumentado nos países industrializados devido ao adiamento da idade de concepção, à existência de múltiplos parceiros sexuais, aos hábitos sedentários e de consumo excessivo de gorduras, tabaco, álcool e drogas, bem como aos químicos utilizados nos produtos alimentares e aos libertados na atmosfera.


Quem consultar em caso de infertilidade
O casal com problemas de infertilidade deve consultar um especialista de Reprodução Medicamente Assistida (RMA), quer nas consultas de infertilidade dos hospitais públicos, quer nas clínicas privadas dessa especialidade.

Principais causas da infertilidade


Principais Causas de Infertilidade Feminina

Por alterações hormonais, a mulher pode ter períodos sem menstruação (amenorreia). Na presença de ciclos menstruais regulares, a mulher pode não ovular, pode ovular ovócitos imaturos ou ovócitos com alterações (morfológicas e/ou genéticas). Vários distúrbios hormonais contribuem para a disfunção ovulatória, como o excesso de prolactina, dos androgénios (ovário poliquístico), ou das hormonas tiroideias (doenças da tiróide). Nos casos mais graves pode ocorrer insuficiência ovárica prematura, situação em que o ovário deixa de produzir folículos (mulheres <35 anos). Nestes casos, a mulher deve efectuar teste genético para o X-frágil).

Síndrome dos Ovários Poliquísticos

O ovário poliquístico (PCOS) apresenta sinais e sintomas que levantam a sua suspeita, como obesidade, pilosidade aumentada, acne, irregularidades menstruais. No PCOS, os quistos impedem a formação de ovócitos maduros ou mesmo a ovulação porque respondem aos níveis hormonais e crescem, ocupando o espaço livre necessário para o desenvolvimento do ovócito. O diagnóstico do PCOS faz-se por ecografia e doseamentos hormonais dos androgénios (aumentados) e da 21-hidroxilase (se diminuída, pedir estudo das mutações do gene). A adolescente com PCOS deve efectuar medicação inibidora dos androgénios, para não sofrer insuficiência prematura do ovário. Na idade de desejar engravidar, e se tal não ocorrer espontaneamente, após a paragem da medicação, a mulher deve efectuar laparoscopia para cauterizar os quistos. Nos casos ligeiros, basta medicação com análogos da GnRH.


Endometriose

A endometriose é também uma doença congénita, em que existem focos de endométrio (epitélio que reveste a cavidade uterina) espalhados em várias regiões do corpo (as zonas mais frequentes são os ovários, as trompas e a cavidade abdominal). Nesta doença, a mulher apresenta dores muito fortes antes da menstruação, durante a menstruação ou nas relações sexuais. Os focos ectópicos de endométrio surgem durante o desenvolvimento fetal. Não se sabe se é de causa genética ou se está ligado a factores tóxicos ambientais (ar, alimentos). A endometriose causa disfunção ovulatória porque os focos ectópicos respondem aos níveis hormonais como se fosse o endométrio uterino, desregulando o ovário. Por laparoscopia (celioscopia: endoscopia da cavidade abdominal), estes focos podem ser destruídos por coagulação. No caso de quistos endometriais do ovário (endometrioma), deve-se efectuar exérese cirúrgica conservadora. Se tal não for possível e a doença for bilateral, deve-se poupar um dos ovários e tentar supressão com medicação usando análogos da GnRH até se conseguir o bebé.

Obstrução tubar
A obstrução das trompas deve-se geralmente a uma infecção genital, que é assintomática. Por vezes, a infecção das trompas causa uma inflamação aguda (salpingite) seguida de dilatação das trompas (hidrosalpinge) que obriga à sua remoção cirúrgica (salpingectomia). Evitam-se estas infecções com a monogamia de relação fiel e estável ou usando sempre preservativo se relação sexual fora de uma relação estável. Noutros casos, deve-se a laqueação das trompas como método anticonceptivo.

Muco cervical incompetente
A cavidade uterina encontra-se protegida pelo muco que reveste o colo uterino. Este muco cervical é também responsável pela limpeza e selecção dos espermatozóides. Se o muco cervical não for competente, os espermatozóides não conseguem penetrar na cavidade uterina.

Anomalias do cariótipo
O cariótipo é a análise dos 46 cromossomas que todos nós possuímos nas células do corpo. Esta análise efectua-se nos leucócitos (glóbulos brancos) obtidos por punção venosa. A alteração do número ou da estrutura dos cromossomas está associado com insuficiência prematura do ovário, disfunção ovulatória, produção de ovócitos imaturos, produção de ovócitos morfológica e/ou geneticamente anormais, anomalias do desenvolvimento embrionário, falhas da implantação, abortamentos de repetição e anomalias fetais.

Patologia uterina
Fibromiomas. Os fibromas são tumores benignos do músculo liso (miométrio) do útero. Podem impedir a gravidez por ocupação de espaço e, se fizerem proeminência na cavidade uterina, dificultam a implantação e podem induzir abortamento.

Pólipos. São tumores benignos pediculados do endométrio. Causam frequentemente hemorragias, impedem a implantação devido a ocuparem espaço e a desencadearem inflamação, e podem induzir abortamento.

Hiperplasia benigna do endométrio. Por desregulação hormonal ou infecção crónica, o endométrio pode espessar de tal modo que impede a implantação ou induz abortamento.

Hipoplasia do endométrio. Se o endométrio não crescer (12-14 mm) na altura da implantação, a gravidez dificilmente poderá ocorrer. Deve-se a défices hormonais ou a mutações genéticas dos receptores das hormonas esteróides para a progesterona e os estrogénios.

Endometrite. As infecções silenciosas do endométrio são frequentes, sendo geralmente causadas por bactérias de transmissão sexual ou pós-curetagem (micoplasma, clamidea, listeria). Em casos menos frequentes, pode ser devida à infecção persistente pelo parasita protozoário toxoplasma ou pelo vírus do colo uterino HPV (vírus do papiloma humano). Estas infecções impedem a implantação e podem causar abortamento.

Sinéquias. São aderências (cicatrizes) do endométrio, geralmente secundárias a infecções genitais ou à curetagem (raspagem) do endométrio durante a interrupção voluntária da gravidez (IVG ou abortamento provocado). Dificultam a implantação e podem induzir abortamento.

Tumores malignos
Os tumores malignos obrigam frequentemente à remoção cirúrgica do órgão, a quimioterapia (QT) e a radioterapia (RT). Quer a QT, quer a RT (se for pélvica), são agentes esterilizantes dos ovários. No caso dos tumores malignos atingirem os órgãos genitais, pode haver necessidade de remoção cirúrgica do útero (histerectomia), das trompas (salpingectomia) e/ou dos ovários (ooforectomia). A ooforectomia é também uma opção frequente no cancro da mama.



Malformações anatómicas
Existem mulheres que nascem com malformações anatómicas congénitas dos órgãos genitais. Estas malformações são muito raras e variadas, indo desde a ausência total do órgão até variados graus de dismorfia da vagina, útero, trompas e/ou ovários. Em casos também muito raros, pode ocorrer mau desenvolvimento anatómico com ambiguidade sexual (intersexo).

Gravidez ectópica
Quando a implantação e a gravidez ocorre na cavidade abdominal (se o ovócito fecundado cair da trompa para a cavidade abdominal) ou na trompa de Falópio, o tratamento obriga a IVG e excisão da trompa afectada. Por vezes, no caso da gravidez abdominal, pode haver necessidade de remoção cirúrgica do útero, QT e RT. Se a gravidez ectópica for recorrente (2 consecutivas), o casal deve recorrer a RMA, utilizando a técnica da fecundação in vitro (FIV) para evitar novos casos.

Interrupção voluntária da gravidez
Sobretudo se efectuada por pessoal não-médico e fora de instalações hospitalares, o aborto provocado pode originar lesões graves do endométrio (sinéquias), infecções crónicas do endométrio (endometrite), infecções tubares (com obstrução das trompas) e perfuração uterina com histerectomia de urgência.

Abortamentos de repetição
Os abortamentos do primeiro trimestre (até às 12 semanas de gestação) são geralmente devidos a problemas genéticos parentais. Nestes casos incluem-se a idade avançada do ovário (após os 35 anos, a taxa de erros ovocitários aumenta), as anomalias do cariótipo (erros genéticos no ovócito ou no espermatozóide que causam um desenvolvimento embrionário deficiente; nesta situação, o abortamento é considerado uma defesa materna contra um produto inviável ou fortemente anómalo), as doenças da coagulação e as doenças auto-imunes. Noutros casos, os abortamentos devem-se a causas não genéticas, como as sinéquias do endométrio, os pólipos do endométrio, a fibromas que fazem procidência para a cavidade uterina, a infecção das trompas ou a endometrite.

Auto-anticorpos
As doenças auto-imunes são doenças genéticas em que o sistema imunológico da pessoa ataca o próprio organismo. Nestes casos, as secreções uterinas contêm um excesso de anticorpos que pode impedir a implantação. Um caso particular é o da mulher com anticorpos anti-espermatozóide, em que os anticorpos bloqueiam os espermatozóides, não os deixando fecundar o ovócito.

Causa desconhecida
Cerca de 10% dos casos de infertilidade parecem apresentar todo o sistema genital sem problemas, mas mesmo assim são inférteis. Em muitos casos, existem anomalias genéticas dos ovócitos, para os quais não existem testes de detecção. Frequentemente, estes só se descobrem durante a fecundação in vitro, momento em que se podem observar os ovócitos, a fecundação e o desenvolvimento embrionário. Podem causar incapacidade de fecundação, paragem do desenvolvimento embrionário, perda da qualidade embrionária, falhas da implantação, abortamentos de repetição ou fetos com anomalias estruturais.



O casal com problemas de infertilidade deve consultar um especialista de Reprodução Medicamente Assistida (RMA), quer nas consultas de infertilidade dos hospitais públicos, quer nas clínicas privadas dessa especialidade.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

CAMISINHA FEMININA


O que é?
É uma bolsa de plástico fino, transparente, macio e resistente, com dois anéis, sendo um preso na borda e o outro móvel dentro da bolsa.

Como funciona?

A camisinha feminina impede o contato da vagina com o pênis nas relações sexuais genitais, impedindo assim que os espermatózoides entrem em contato com a vagina. Ela também impede a troca de secreções nas relações sexuais, genital (vagina pênis) e oral (vagina boca), prevenindo também as DST/HIV-Aids.

Como se usa?
A camisinha feminina deve ser usada em todas as relações sexuais, antes de ter qualquer contato da vagina com o pênis ou a boca, mesmo durante a menstruação, e pode ser colocada até oito horas antes da relação sexual.

Antes de abrir a embalagem, é importante verificar a data de validade e se a embalagem não está furada.
Com estes cuidados tomados, para abrir a camisinha feminina é super fácil, não precisa muito esforço, ela vem com uma setinha azul indicando um picote, para facilitar a abertura, ou seja, não precisa de unha, faca, tesoura, facão.

Segurando com os dedos, o anel que fica dentro da camisinha feminina deve ficar em forma de “8”.

Em uma posição em que a mulher se sinta confortável, ela deve introduzir o anel.

A mulher deve ajeitar a camisinha, introduzindo o dedo dentro dela, para verificar se ela não está torcida, o que pode dificultar a entrada do pênis.

O anel de fora da camisinha deve cobrir então a entrada da vagina e a vulva (parte externa do genital da mulher). O homem poderá então introduzir o pênis na vagina, tomando cuidado para que este entre por dentro da camisinha.

Após o homem ejacular, ele deve tirar o pênis de dentro da mulher e a camisinha feminina deve ser retirada imediatamente. Para retirar é só dar uma leve torcida na camisinha para evitar que o esperma vaze. Agora é só embrulhar em papel higiênico e jogar no lixo, pois jogar na privada pode entupir e na rua é falta de educação e higiene!!!

Eficiência da Camisinha:

Existe contra-indicações pois não é 100% segura.
Diversos estudos confirmam a eficiência do preservativo na prevenção da aids e de outras doenças sexualmente transmissíveis. Em um estudo realizado recentemente na Universidade de Wisconsin (EUA), demonstrou-se que o correto e sistemático uso de preservativos em todas as relações sexuais apresenta uma eficácia estimada em 90-95% na prevenção da transmissão do HIV. Os autores desse estudo sugerem uma relação linear entre a freqüência do uso de preservativos e a redução do risco de transmissão, ou seja, quanto mais se usa a camisinha menor é o risco de contrair o HIV.

Prazo de validade da camisinha

A camisinha pode durar até três anos estando bem guardada, ou seja, não exposta ao sol, ao calor ou quando guardada muito tempo na carteira. Mas lembre-se que uma camisinha só pode ser usada uma vez.

CAMISINHA


CAMISINHA - COMO UTILIZAR

Escolha uma marca de confiança. Carregue-a sempre com você. É recomendável ter uma ou mais unidades de reserva. Conserve-as protegidas do calor e utilize-as sempre dentro do prazo de validade.

Abra delicadamente a embalagem, cuidando para que esta operação não a danifique.

A colocação deverá ser feita com o pênis em ereção (duro). O prepúcio (pele) deverá estar tracionado e a glande (cabeça do pênis) exposta.

Deixe um pequeno espaço na ponta da camisinha. Isto é importante e pode ser conseguido comprimindo-se a extremidade da camisinha entre o polegar e o indicador e mantendo-os assim enquanto a coloca.

Encoste a camisinha enrolada na ponta da glande e desenrole-a até a base do pênis.

Se a camisinha não for lubrificada, utilize somente lubrificantes a base de água, os quais deverão ser aplicados sobre o pênis antes da colocação e/ou diretamente na camisinha após colocada.

Após o uso retire a camisinha. Dê um nó na extremidade aberta e jogue-a no lixo. Camisinha é descartável, deve ser usada somente uma vez.

No caso da camisinha romper-se ou sair durante o coito, despreze-a e coloque uma nova.

Disponivel em:www.dst.com.br

Sexo seguro


Sexo seguro é o sexo sem o risco de ser contaminado ou contaminar o(a) seu(sua) parceiro(a) com doenças sexualmente transmissíveis.

Esta segurança só poder ser atingida através do sexo monogâmico com
parceiro(a) sabida e comprovadamente sadio(a) ou quando o sexo é realizado sem o contato ou troca de fluidos corpóreos como esperma, secreção vaginal e sangue.

A segunda situação é obtida através do uso da camisinha, camisa-de-vênus, condom (do latim condare, que significa "proteger") ou preservativo.
É necessário observar que o uso da camisinha, apesar de proporcionar excelente proteção, não proporciona proteção absoluta (ruptura, perfuração, deslizamento, colocação inadequada etc).

É importante informar também que a proteção proporcionada pelo uso da camisinha é relativo nas doenças em que não ocorrem secreções genitais: Herpes, HPV, Sífilis, Cancro Mole, Pediculose do Pubis etc, uma vez que o agente transmissor pode estar localizado fora da área protegida pelo preservativo.

A camisinha é um objeto de material elástico, derivado da borracha (látex), relativamente resistente que envolve os genitais masculinos (mais usado) ou femininos durante o coito, impedindo o já citado contacto entre os fluidos corpóreos das pessoas que estão praticando o relacionamento íntimo.

Além da proteção contra as DST os preservativos constituem um método anticoncepcional seguro, quando usados adequadamente.

O mercado diversificou muito a industrialização das camisinhas. Hoje encontramos camisinhas texturizadas, com formatos especiais, coloridas, lubrificadas, com perfume, sabor, etc.

Disponivel em: www.dst.com.br

Gravidez e DST


A gravidez não confere à mulher e seu bebê nenhuma proteção especial em relação às doenças sexualmente transmissíveis, podendo ela
infectar-se pelas mesmas doenças que acometem as mulheres não grávidas. Na gravidez, ao contrário, a mulher fica até mais suscetível à infecções pois, nesta condição, ocorre fisiologicamente (naturalmente) uma diminuição nos mecanismos de defesa do seu organismo.

Os cuidados em relação a uma possível contaminação por alguma DST devem ser redobrados pois, além de preocupar-se com a sua proteção, a mulher grávida deve dedicar-se a proteger também a criança que está sendo gerada, com um outro problema a ser também considerado, que é a limitação ao uso de alguns medicamentos no período gestacional, em razão de potenciais efeitos nocivos sobre o feto.

Muitas DSTs que afetam as mulheres são silenciosas, ou seja, não apresentam sinais ou sintomas, cursando sem a mulher saber que está doente, estando aí mais uma razão da importância da realização de um bom acompanhamento pré-natal.

Possíveis consequências para a mulher:
Uma grávida que "pega" uma DST pode apresentar, as seguintes possíveis consequências tanto para a gestação em andamento quanto para a sua saúde futura: parto prematuro, ruptura prematura da placenta, doença inflamatória pélvica (DIP), hepatite crônica, câncer do colo do útero, infertilidade etc.

Possíveis consequências para o bebê:
A mulher grávida pode transmitir para o seu filho (transmissão vertical) várias doenças adquiridas sexualmente. Essa transmissão pode ocorrer antes, durante ou depois do nascimento.
O vírus HIV e o treponema (agente da sífilis), por exemplo, podem infectar o feto ainda no interior do útero, em razão da sua capacidade de atravessar a placenta.
Outras DSTs, como a gonorréia, clamídia, herpes etc podem ser transmitidas para o bebê no nascimento, no momento de sua passagem pelo canal do parto.
O vírus HIV pode ainda ser transmitido ao bebê após o nascimento, através da amamentação.

As consequências para o bebê podem ser graves: conjuntivite, pneumonia, sepsis neonatal, cegueira, surdez, meningite, hepatite, baixo peso ao nascer, morte (natimorto) etc.

Pré-Natal
Alguns destes problemas podem ser evitados se a mãe faz acompanhamento pré-natal de rotina, o qual deve incluir exames para detecção de DSTs no início da gravidez e, se necessário, repeti-los próximo ao parto. Outros problemas ainda podem ser evitados se a infecção for detectada no momento do parto.

Exames que devem ser feitos rotineiramente no início do pré-natal: sífilis, HIV, Hepatite, além de exames para detecção da gonorréia, clamídia, trichomonas etc

O Ministério da Saúde recomenda que sejam feitos pelo menos dois testes de HIV e de sífilis durante o pré-natal.

Tratamento:
Doenças como a gonorréia, sífilis, tricomoníase, clamídia, assim como as vaginoses bacterianas, podem ser tratadas e curadas com antibióticos durante a gravidez.

Não há cura para as DSTs virais como herpes genital e HIV, mas o uso de medicamentos antivirais podem reduzir os sintomas nas mulheres grávidas.

As mulheres cujas provas de detecção da hepatite B foram negativas, podem receber vacina contra a hepatite B durante a gravidez.

Prevenção:
A maneira mais segura da mulher evitar o contágio de doenças sexualmente transmissíveis é o de ter uma relação duradoura, mutuamente monogâmica, com parceiro sabida e comprovadamente sadio.

As camisinhas, quando usadas corretamente, são muito eficazes para evitar a transmissão do HIV. Da mesma forma, podem reduzir o risco de transmissão de gonorréia e das vaginites ou uretrites não gonocócicas (infecção por clamídia, trichomonas, etc).

As camisinhas podem reduzir também o risco de transmissão de herpes genital, sífilis e cancro mole somente se a área infectante estiver protegida, isto é, recoberta pelo preservativo.

Embora se desconheça precisamente o efeito da camisinha na prevenção da infecção pelo HPV, há trabalhos médicos associando o uso do preservativo a uma taxa menor de câncer cervical, que é, como se sabe, uma patologia relacionada com a infecção por esse vírus.

Já existe vacina contra os tipos 6,11,16 e 18 do HPV, para meninas e mulheres de 9 a 26 anos que não tenham a infecção. A vacina confere proteção contra os tipos de vírus citados acima, os quais são responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero e 90% dos casos de verrugas (condilomas) genitais.

Na presença de lesões ativas do herpes genital, uma cesariana pode ser indicada com a finalidade de proteger o recém-nascido de uma possível contaminação na sua passagem pelo canal do parto.

Nos países desenvolvidos, a administração de drogas anti-retrovirais em paciente soro-positivas somados à indicação de cesariana programada e a proibição da amamentação materna reduziram significativamente a transmissão vertical do HIV, com a consequente diminuição da incidência de AIDS em recém-nascidos.

Disponivel em: www.dst.com.br

Molusco Contagioso

Conceito
Doença da pele que se caracteriza pela produção de pápulas (elevações da pele) umbelicadas (com uma depressão central), de cor que varia do branco peroláceo (translúcido) ao rosa, em geral com 2 a 6 milímetros de diâmetro e com base (local de implantação) levemente hiperemiada (avermelhada). São comumente múltiplas principalmente por serem auto-inoculáveis. As lesões são levemente pruriginosas (produzem coceira) e localizam-se em qualquer região da pele (face, tronco e áreas expostas das extremidades) e, mais raramente, nas mucosas. Podem ocorrer em qualquer idade mas são mais comuns em crianças de 0 a 12 anos.

Sinônimos
Molusco

Agente
Poxvírus

Complicações/Consequências
Doença de evolução benigna. Em geral há cura sem sequelas.

Transmissão
Contato direto com pessoas infectadas. Também através de toalhas, vestimentas, piscinas etc. Em adolescentes e adultos a localização das lesões na região anogenital sugere transmissão sexual.

Período de Incubação
2 semanas a 3 meses após a contaminação.

Diagnóstico
Clínico. Raramente por meio de biópsia.

Tratamento
O tratamento de escolha é a remoção das lesões por curetagem (realizada por médico). Também ocorre involução espontânea das lesões, sem deixar sequelas, após 6 meses a 2 anos do seu início.

Prevenção
Evitar contato físico com pessoas infectadas.